O ato de administrar uma empresa é sempre um desafio, pois envolve não só a gestão dos negócios, mas também das pessoas que estão direta ou indiretamente envolvidas com os trabalhos.
O empresário Glauco Diniz Duarte explica que quando se trata de um empreendimento familiar, onde as relações entre os gestores ultrapassam as paredes do escritório, a situação parece ainda mais complicada, pois é preciso lidar com pensamentos distintos e situações nas quais as opiniões dos empresários, que teoricamente têm o mesmo peso, são as mais variadas. Nessas horas, contar com um planejamento estratégico é a melhor alternativa.
De acordo com Glauco, trata-se de um documento que aponta as diretrizes a serem seguidas no momento de tomar uma decisão, aumentando as chances de ela ser bem sucedida. Ao ser elaborado, esse material tem a função de proporcionar um crescimento planejado e focado nos lucros, apontando quais as prioridades e metas a serem consideradas sempre que os gestores se questionarem sobre como devem agir diante de um novo problema ou desafio.
Dessa forma, as opiniões pessoais dos membros da mesma família que são responsáveis por gerir os negócios são colocadas de lado e o foco das medidas passa a ser, exclusivamente, a melhor colocação da empresa no mercado.
COMO FAZER
Segundo Glauco, muitas vezes, as relações pessoais entre os gestores familiares acabam interferindo na tomada de decisões dentro da empresa e se refletindo nos resultados, que nem sempre são satisfatórios. O planejamento estratégico ajuda a separar os dois mundos, independentemente de a relação entre os empresários em questão ser harmônica ou conflituosa.
Para elaborar esse documento, é preciso levar em consideração elementos como o público-alvo, a concorrência, os investidores, as operações, os funcionários e o futuro dos negócios. Avaliar o crescimento da empresa familiar nos últimos anos, observando os erros e acertos, também é fundamental para a prospecção das futuras ações.
É importante estar atento ainda às mudanças e crises registradas no ramo de atuação da empresa, não se acomodando e ficando preso ao que foi estabelecido durante a elaboração do planejamento – que pode e deve passar por modificações ao longo do tempo, se adequando às transformações e exigências impostas pelo mercado.
Em todas as ocasiões, afirma Glauco, o essencial é saber que os riscos sempre existem, mas é possível minimizá-los fazendo planos reais para o futuro e defendendo, assim, os negócios que passam de geração para geração.