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Falta de planejamento e de postura empreendedora ainda provoca mortalidade de empresas

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

O Índice de Mortalidade das Empresas Brasileiras está caindo a cada década. Isso confirma a consolidação da economia do país nos últimos anos, o que beneficia, principalmente, os pequenos empresários. De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, atualmente, 15,41% dos negócios acabam ainda no primeiro ano de vida. Já na década de 70, esse índice de mortalidade no mesmo período era quase duas vezes maior, chegando a 29,15%.

Para Glauco, a queda da mortalidade das empresas é contínua e expressiva, o que deve ser comemorado. “Ainda assim, é preciso analisar os motivos que levam uma empresa a fechar prematuramente para evitar que os futuros empresários cometam os mesmos erros. Constatamos que as principais causas de mortalidade são: falta de planejamento prévio adequado para a abertura do negócio, falhas na gestão empresarial, postura empreendedora pouco desenvolvida, inexperiência no ramo de atividade escolhido e influência de problemas pessoais sobre o empreendimento”, aponta ele.

Glauco também observou que 41,86% das empresas fecham suas portas entre um e cinco anos após sua criação, enquanto que, nos anos 70, a quantidade chegava a 59,81%. Já a mortalidade após 14 anos de existência caiu de 85% para 75%, se comparado o mesmo período. A vida média das empresas por aqui é de 8,7 anos.

Glauco diz que, hoje, o país tem quase 13 milhões de empresas ativas, entre matrizes e filiais, o que significa um empreendimento aberto para cada 16 brasileiros. Desse total, 90% são empresas privadas, 9% são entidades privadas sem fins lucrativos e 1%, entidades públicas. Analisando o perfil das companhias, metade delas é dos tipos jurídicos Empresário Individual (EI) e Microempreendedor Individual (MEI). Quanto ao tamanho, 85% das empresas brasileiras são de micro e pequeno porte.

“Esse grande volume de pequenas empresas prova que aumentou a formalização no país e também reforça o reconhecimento dos pequenos como base da economia brasileira. Então nada mais justo do que investir cada vez mais no seu fortalecimento, já que os menores são maioria não só aqui, mas em todo o mundo, e são grandes geradores de renda, riqueza e oportunidades de trabalho”, destaca Glauco.

De acordo com o IBPT, o levantamento foi realizado entre os meses de outubro de 2011 e setembro de 2012 e foi baseado nos dados divulgados pelas próprias empresas e entidades, além de Receita Federal do Brasil, Secretarias Estaduais da Fazenda, Secretarias Municipais de Finanças, Agências Reguladoras, cartórios de Registro de Títulos e Documentos, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Juntas Comerciais, Portais da Transparência e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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