De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, elaborar o planejamento estratégico e implantar as ações propostas é uma questão de sobrevivência para as empresas. Mais do que isso, o plano auxilia as organizações a nortearem seus objetivos, promoverem a melhoria contínua e buscarem a excelência em gestão. Segundo um levantamento feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), quase 25% das empresas fecham as portas no primeiro ano de atividade. Entre os principais motivos dessa taxa de mortalidade estão as dificuldades enfrentadas para estabelecer estratégias que ajudem a alcançar os objetivos no curto e longo prazo.
Diante de um cenário de incertezas e constantes transformações globais, é cada vez mais necessário que as empresas estabeleçam um planejamento estratégico dinâmico e adaptativo, utilizando as mais diversas técnicas gerenciais. “De uns tempos para cá, tornou-se fundamental adaptar as metas e objetivos da empresa às mudanças que afetam um mundo complexo, como o crescimento de mercados emergentes; as alterações demográficas, a sociedade e a produtividade do trabalho; o fluxo global de produtos, informações e capital; as mudanças climáticas e a sustentabilidade; além do crescimento do papel dos governos nas economias e na sustentabilidade ambiental e social”, explica Glauco.
Ele destaca ainda que a criação de um planejamento estratégico é fundamental para que as empresas tenham visão de futuro, ou seja, saibam como e onde querem chegar. Com isso, é possível identificar os pontos fortes e fracos, as ameaças e oportunidades, bem como a importância da implantação de um processo de melhoria contínua. “Dessa forma, as organizações buscam a excelência em gestão, tornando-se cada vez mais competitivas no mercado”, conclui.
Confira abaixo os 8 passos para elaborar um planejamento estratégico eficaz, que vão ajudar as empresas na busca pela excelência em gestão:
1. Faça uma análise dos ambientes externo e interno: toda organização faz parte de uma rede complexa de forças ambientais que apresentam comportamento dinâmico e criam diversas oportunidades, facilidades, ameaças ou restrições que afetam a empresa. Para identificar esses fatores, é importante conhecer três tipos de ambientes: o macroambiente, que inclui os cenários político, legal, econômico, social e tecnológico em que a empresa está inserida; o ambiente operacional ou setor de atuação, que envolvem os comportamentos dos clientes, fornecedores, concorrentes e mercado-alvo; e, por fim, o ambiente interno, que determina as forças e fraquezas da organização.
2. Defina e dissemine a visão da empresa: a definição da visão deixa claro o que os dirigentes esperam da empresa num futuro definido e norteia as ações do planejamento estratégico, tomando como base as conclusões das análises ambientais. Comunicar a visão para todos os colaboradores contribui para que todos compartilhem e persigam os mesmos ideais, potencializando a colaboração de cada um dentro da organização.
3. Estabeleça estratégias para alcançar a visão: ao definir a visão, a empresa deve estabelecer estratégias para direcionar esforços a fim de alcançar seus objetivos principais. Essas estratégias precisam levar em conta informações sobre clientes, mercados, fornecedores, colaboradores, bem como a capacidade de prestar serviços, produzir e vender. Isso ajuda a posicionar a organização de forma competitiva e a garantir a sua continuidade.
4. Crie indicadores e metas: a criação de indicadores permite avaliar e mensurar, por meio de resultados quantitativos, se a empresa tem alcançado suas estratégias. O estabelecimento de metas de curto e longo prazo ajuda a definir níveis de resultados esperados, possibilitando a análise de desempenho do negócio. Tanto os indicadores quanto as metas precisam ser disseminados para todos os colaboradores.
5. Desenvolva planos de ação: essa etapa é essencial para desdobrar as estratégias a fim de atingir as principais metas. De modo geral, os planos de ação são estabelecidos para realizar aquilo que a empresa precisa fazer para que sua estratégia seja bem-sucedida. Devem incluir a definição de responsáveis, de prazos e dos recursos necessários para a execução das ações.
6. Divulgue as estratégias, metas e planos: a comunicação interna das estratégias, metas e seus indicadores e planos de ação é vital para o engajamento das pessoas na causa comum, aumentando a eficácia da liderança. Quando for pertinente, outras partes interessadas devem ser comunicadas para alinhar interesses e prevenir problemas de relacionamento comercial e institucional. A informação pode ser transmitida em quadros de aviso, folders, intranet, boletins informativos, memorandos internos, apresentações da direção da empresa, eventos de conscientização e até em canais informais.
7. Monitore as ações: ao dar início à prática das ações planejadas, é preciso acompanhar, por meio de reuniões periódicas, todas as etapas para garantir que seja seguido o planejamento previsto, a fim de atingir o sucesso almejado. Os sistemas de informação devem apoiar o monitoramento da implementação dos planos de ação.
8. Faça revisões das estratégias: novos cenários e mudanças nos ambientes externos e internos surgem constantemente no mercado. A promoção de revisões periódicas das estratégias ajuda a empresa a se antecipar a possíveis riscos do planejamento, que pode se inviabilizar por conta de alterações inesperadas ou imprevistas no ambiente ao redor da organização.