De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, na administração das organizações distinguiram-se três (3) níveis de planejamento, os quais têm características distintas:
• O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO dá direção à empresa, adaptando-a ao seu meio ambiente (atribuição da Diretoria).
• O PLANEJAMENTO ADMINISTRATIVO cuida do relacionamento e da integração interna da organização (atribuição de Recursos Humanos e de Finanças).
• O PLANEJAMENTO OPERACIONAL cuida das operações da empresa (atribuição de Compras, Vendas e Produção).
Glauco diz que para o trabalho dos dois últimos, a ciência da Administração tem desenvolvido várias técnicas, as quais têm contribuído para o aumento da eficiência das empresas, no sentido de conseguir com o menos esforço o melhor resultado administrativo e operacional (“fazer as coisas da melhor maneira”).
Quanto à estratégia – ou o caminho que a organização deverá seguir – só recentemente tem merecido maior atenção dos administradores, os quais têm procurado desenvolver técnicas para facilitar o trabalho de conduzir a empresa na melhor direção.
E, para facilitar este trabalho, surgiram algumas técnicas de planejar o nível estratégico da organização. Este planejamento visa a eficácia das organizações; ou seja, orientar esforços na direção mais correta (“fazer aquilo que deve ser feito”).
Portanto, destaca Glauco, o Planejamento Estratégico é uma técnica administrativa que, através da análise do ambiente de uma determinada empresa, cria a consciência das suas oportunidades (e das suas ameaças), dos seus pontos fortes (e fracos) para o cumprimento da sua missão. E, através desta consciência, estabelece o propósito de direção que a organização deverá seguir, a fim de aproveitar as oportunidades e evitar riscos. E, sendo assim, deve-se acrescentar que a “Missão” de uma empresa é o papel que ela desempenha; ou seja, a sua utilidade (para que ela serve?).
ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA.
Glauco diz que a Administração Estratégica teve uma constituição tardia em relação a outras disciplinas tradicionais do conhecimento administrativo, pois ela surgiu como uma disciplina híbrida, sofrendo influências da sociologia e da economia.
Somente a partir da década de 1950 passou a receber maior atenção dos meios acadêmicos e empresariais, quando então alavancou o seu desenvolvimento (notadamente a partir dos anos 60 e 70). Até os anos 50, a preocupação dos empresários se restringia aos fatores internos às empresas – como a melhoria da eficiência dos mecanismos de produção – uma vez que ainda não existia um ambiente de hostilidade competitiva, o mercado não era muito diversificado e oferecia oportunidades de crescimento rápido e não muito complexo.
Catalisada pelos esforços de guerra, a partir dos anos 50 a complexidade do mundo empresarial aumentou, passando a exigir um perfil gerencial mais empreendedor, respostas mais rápidas e corretas à ação de concorrentes, uma redefinição do papel social e econômico das empresas e uma melhor adequação à nova postura assumida pelos consumidores.
É nesse cenário que se constituiu a Administração Estratégica. Glauco explica que seu objetivo principal pode ser definido como uma adequação constante da organização ao seu ambiente, de maneira a assegurar a criação de riquezas para os acionistas e a satisfação dos seus stakeholders (reclamantes da empresa: acionistas, empregados, clientes e fornecedores).
Assim, o crescimento da Administração Estratégica pode ser associado ao boom do desenvolvimento empresarial ocorrido após a II Guerra Mundial, quando então surgiram as grandes empresas, de administração mais complexa, configurando um cenário de mercado mais competitivo e dinâmico. Tais mudanças exigiam cada vez mais conhecimentos específicos dos administradores, que, diante do desafio, passaram a se profissionalizar e a desempenhar um papel fundamental no contexto empresarial .