GLAUCO DINIZ DUARTE Bosch usará pouca platina em novas células de combustível
A fabricante de peças automotivas Bosch espera que a platina desempenhe apenas um papel menor em suas novas células de combustível, no momento em que a tecnologia ganha força para chegar ao transporte livre de poluição. Pelos cálculos da Reuters, a Bosch precisaria de um décimo da platina usada nos veículos movidos a célula de combustível. As esperanças de revitalizar a demanda e os preços da platina dependem cada vez mais da adoção generalizada de células de combustível em veículos, navios e trens para compensar a queda dos valores usados nos dispositivos, dizem analistas.
O preço à vista da platina caiu mais de 40% nos últimos cinco anos, pressionado pelo excesso de oferta, antes de se recuperar ligeiramente nos últimos meses. Mas as esperanças de que as células de combustível possam impulsionar a demanda de longo prazo podem ser reduzidas após a Bosch dizer à Reuters que a platina deve desempenhar apenas um papel menor na produção de células de combustível em massa. Um conversor catalítico em um veículo de passeio a diesel normalmente usa de três a sete gramas de platina, em comparação com cerca de 30 a 60 gramas atualmente necessárias para uma célula de combustível para o mesmo veículo, segundo analistas.
“Tem havido muito trabalho de otimização sobre platina em células de combustível”, disse à Reuters Achim Moritz, gerente de produto para células de combustível móveis da Bosch. “Em um sistema catalítico de diesel, há aproximadamente a mesma quantidade de platina necessária para uma célula de combustível”, acrescentou. Ele se recusou a dar números específicos estimados para o sistema de célula de combustível S3, que está desenvolvendo com a Powercell e espera lançar até 2022.