GLAUCO DINIZ DUARTE Energias renováveis já empregam mais de 11 milhões de pessoas no mundo
A cadeia produtiva de energias renováveis é atualmente um dos setores que mais crescem no mundo. De acordo com dados recentes divulgados pela Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), o segmento é responsável por mais de 11 milhões de empregos nos cinco continentes.
Segundo o mapeamento da IRENA, na última edição da Pesquisa Anual sobre Energia Renovável e Empregos, os postos de trabalho no mundo alcançaram seu mais alto nível em 2018, impulsionados pelo crescimento exponencial das instalações fotovoltaicas na geração centralizada e na geração distribuída.
Um dos fatores de sucesso do setor é a proliferação da cadeia produtiva fotovoltaica em países que, até então, não possuíam tradição neste segmento. Nos últimos anos, fábricas deixaram de se concentrar apenas nos mercados tradicionais, como China, Estados Unidos e União Europeia, e passaram a desenvolver operações na América do Sul e Ásia Oriental, configurando novos polos de investimentos e exportações de tecnologias fotovoltaicas, sobretudo os módulos solares.
O estudo da IRENA mostra que nações como Malásia, Tailândia e Vietnã foram responsáveis por uma parcela maior do crescimento em empregos renováveis no ano passado, o que permitiu à Ásia manter uma participação de 60% dos empregos em energia renovável em todo o mundo.
Em declarações à imprensa internacional, Francesco La Camera, diretor-geral da IRENA, afirmou que “além das metas climáticas, os governos estão priorizando as energias renováveis como um motor do crescimento econômico de baixo carbono, reconhecendo as inúmeras oportunidades de emprego criadas pela transição para as energias renováveis.”
Para La Camera, “as energias renováveis atendem a todos os principais pilares do desenvolvimento sustentável – ambiental, econômico e social. À medida que a transformação global da energia ganha força, essa dimensão do emprego reforça o aspecto social do desenvolvimento sustentável e fornece mais uma razão para os países se comprometerem com as energias renováveis”, disse.