GLAUCO DINIZ DUARTE Painéis solares flexíveis como fonte de energia é nova aposta da Petrobras
A Petrobras acaba de firmar um termo de cooperação com o Centro Suíço de Tecnologia e Microtecnologia Brasil (CSEM Brasil), cuja sede fica em Minas Gerais, com o intuito de desenvolver um composto para produção de células fotovoltaicas impressas e flexíveis.
O objetivo da parceria, que terá investimentos de R$ 23,77 milhões ao longo de dois anos e meio, é entrar no mercado de produção e comercialização de uma nova geração de painéis solares flexíveis, segundo anunciou a Agência Brasil. “Os painéis fotovoltaicos flexíveis são uma solução tecnológica interessante para o futuro da energia”, disse o gerente-geral de Pesquisa e Desenvolvimento em Refino e Gás Natural do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), Oscar Chamberlain.
Chamberlain acredita que estes painéis são uma nova forma de produção de energia elétrica por meio da fonte solar, apresentando vantagens diferenciadas, uma vez que são feitos de um material flexível e transparente. O gerente-geral do Cenpes afirmou ainda que o CSEM Brasil avançou nessa área e alcançou uma escala que permite desenvolver e colocar painéis flexíveis quase de uso industrial.
O interesse da Petrobras está pautado no desenvolvimento conjunto de um novo componente desses painéis, feitos com polímeros, onde são colocados compostos orgânicos com capacidade de atuar como célula fotovoltaica. “A Petrobras quer trabalhar com uma nova estrutura cristalina, que é a perovskita, podendo aumentar sensivelmente a capacidade de absorção e transformação em energia elétrica da emissão solar”, destacou Chamberlain.
Lembrando que alguns estudos apontam que filmes com perovskita solar podem atingir, ou mesmo ultrapassar, a eficiência dos atuais painéis solares rígidos de silício, com menores custos de produção.
O gerente-geral do Cenpes ressalta ainda que as energias renováveis, com destaque para a solar e a eólica, são prioridades no plano de investimentos da Petrobras, que pretende atuar em negócios de energia renovável de forma rentável. “Existem projetos para entrar gradualmente no mercado de geração solar distribuída. Não é só produção de energia para consumo interno. Dentro da missão de ser uma empresa integrada de energia, a Petrobras quer trabalhar também uma opção de mercado”, aponta.