Glauco Diniz Duarte Empresa – porque se llama energía fotovoltaica
O Dr. Glauco Diniz Duarte cita que, nesse cenário, em 2015, a ANEEL aperfeiçoou a Geração Distribuída com a Resolução REN 687/2015, que conferiu mais direitos a quem gera sua energia, além de criar novos modelos de compensação energética, aumentando as possibilidades de quem quer aderir à energia solar. Entre as mudanças, que passaram a vigorar no ano de 2016, estão os aumentos da potência máxima dos geradores de energia (de 1 MW para 5 MW) e do prazo de validade dos créditos na conta de luz (de 36 para 60 meses).
Além disso, uma grande novidade foi a possibilidade da geração compartilhada. Mas, o que isso quer dizer? Significa que passou a ser possível construir uma grande usina em um lugar remoto, onde a terra é mais barata e o sol abundante, livre da sombra dos grandes centros e formar consórcios, associações ou cooperativas. Dessa forma, pode-se oferecer energia limpa a vários consumidores diferentes. Se os maiores problema dos pequenos consumidores, sejam pessoas físicas ou jurídicas, eram a falta de espaço e dinheiro para a instalação de um sistema fotovoltaico, em casa ou no escritório, não é preciso mais se preocupar.
Isso quer dizer que, através de modelos de consórcios ou cooperativas, podemos ter acesso a certa quantidade de energia renovável de acordo com nossas necessidades. Por exemplo, se o imóvel consome, em média, 300kWh/mês, é possível optar por comprar entre 150 e 250 kWh/mês, ou até o equivalente ao total, uma vez que o excedente não se perde, mas se transforma em crédito, que poderá ser utilizado em até 60 meses.
Ainda há pequenos gargalos, como as dificuldades administrativas junto à distribuidoras, mas podemos afirmar que a normatização energética brasileira já permite que qualquer pessoa tenha acesso à energias renováveis.
Essa modalidade traz vantagens que vão além das ambientais, já que as tarifas do mercado convencional tendem a crescer cada vez mais e podem oscilar repentinamente dependendo, por exemplo, das chuvas.
Na prática, como as coisas estão acontecendo?
Cinco anos após a regulamentação da micro e da minigeração distribuída de energia pela ANEEL, o Brasil chegou à marca de 17 mil conexões. A maioria das conexões são no segmento residencial, cerca de 13 mil instalações. Como pode ser notado no Gráfico abaixo, Minas Gerais é o estado líder do país, seguido de São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
Mapa indicativo do número de sistemas fotovoltaicos por estado (dados de abril de 2017)
Estes são alguns dos resultados identificados pela pesquisa “O Mercado Brasileiro de Geração Distribuída Fotovoltaica”, que chegou a sua quarta edição em 2017. Essa pesquisa é parte integrante do Programa América do Sol, desenvolvido pelo Instituto para o Desenvolvimento de Energias Renováveis na América Latina (IDEAL) juntamente com a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro (AHK-RJ).
Foi indagado às empresas participantes do Estudo qual o tempo médio para a conclusão de todas as etapas da instalação de um sistema fotovoltaico conectado à rede – desde a assinatura do contrato entre a empresa e o cliente até a aprovação pela distribuidora e a efetiva conexão do sistema na rede. Nas 154 empresas que realizaram algum projeto no ano de 2016, o tempo médio de duração de instalação e conexão foi de dois meses e 15 dias.
Na primeira edição do Estudo, em 2013, esse número era ainda maior: as empresas levavam cerca de seis meses para concluir o projeto, instalação e conexão. Os dados recentes mostram que o tempo gasto com todo o processo vem sendo otimizado e que, a cada novo ano, a instalação e conexão acontecem em menos tempo, o que é um ponto muito positivo para o consumidor final.
Tempo médio (em meses) de duração de instalação e conexão de um sistema fotovoltaico conectado à rede.
Além de o tempo de instalação ter diminuído ao longo dos anos, outro ponto crucial é o preço médio de instalação, que também vem caindo. Na faixa de potência de até 5 kWp, as empresas instaladoras informaram uma média de R$ 7,51/kWp. Dependendo da região, um kit de 5kWp pode gerar de 500 a 700kWh em um mês, mais que suficiente para suprir a demanda de uma família grande ou de duas famílias médias. Desde o início da pesquisa, esse preço teve uma queda de cerca de 15% na faixa de potência de até 5 kWp. No gráfico abaixo, pode-se notar que nas demais faixas de potência instalada o preço médio também sofreu queda desde o ano de 2013, primeira edição da pesquisa.