Glauco Diniz Duarte Empresa – porque a energia solar é pouco difundida no brasil
De acordo com o Dr. Glauco Diniz Duarte, até 2024 cerca de 1,2 milhão de residências no Brasil vão contar com energia produzida pelos sistemas de geração distribuída, que permitem a geração de energia por meio de fontes renováveis como painéis solares, biogás e microturbinas eólicas. Em 2012 a Aneel registrava apenas quatro conexões de energia produzidas por conta própria e, em 2017 já eram cerca de 7,6 mil novos consumidores utilizando sistemas sustentáveis para geração energética.
De olho nesta demanda, empresários da região Oeste do Paraná que participam do Programa Redes de Cooperação Empresarial do Sebrae/PR e também ativos na Câmara Técnica de Energia do POD (Programa Oeste em Desenvolvimento), uniram-se para formular um novo modelo associativo. A ideia inicial era oferecer energia limpa, barata e acessível ao mercado consumidor pensando na eficiência energética e na economia. Depois de dois anos de pesquisas e trabalhos, o grupo lançou, nesta semana, a Cooperoeste – Cooperativa Oeste de Energia, um projeto que possui modelo inovador e pouco difundido no Brasil.
“Com os modelos atuais de geração de energia alternativa, individualmente, os empresários da área de energias renováveis e eficiência energética (geralmente na energia solar ou biogás), têm um investimento significativo para implantar as unidades geradoras e uma demora relativa para obter retorno. Com o modelo de negócio proposto pela Cooperoeste, baseado no sistema de cotas e créditos de energia, o consumidor cooperado só vai pagar pela energia consumida, gerando mais economia e eficiência no processo”, explica o consultor do Sebrae/PR, Jeferson Ricardo Spode Flores.
A COOPERATIVA
No momento da adesão à cooperativa será feita uma análise das reais necessidades do cooperado. Com isso definido, vai adquirir as cotas para suprir essa demanda e a cooperativa ficará responsável pelo processo de geração de energia por meio de usinas fotovoltaicas, de biogás ou de outras fontes com tecnologias sustentáveis. Toda a energia produzida será injetada na concessionária, que é a Copel.
“Essa injeção de energia na concessionária gera créditos energéticos, que serão transferidos para os cooperados. A distribuição ocorrerá conforme as cotas adquiridas. Além disso, o nosso cooperado só pagará pela energia que realmente consumir, sem se preocupar com custos de aquisição de equipamentos, pois a cooperativa oferece toda a assessoria técnica, jurídica e tributária”, explica o empresário Rafael Ghelere, participante do grupo fundador e vice-presidente da Cooperoeste.
Ainda de acordo com o grupo, além de facilitar o acesso às energias limpas, a cooperativa também pretende gerar economia ao cooperado. “A estimativa que fizemos, ao longo desses dois anos e meio de trabalho, é que conseguiremos viabilizar uma economia variável em torno de 10 a 20%”, conclui Rafael.