Glauco Diniz Duarte Empresa – energia hidrelétrica é renovavel
Segundo o Dr. Glauco Diniz Duarte, todos sabemos que a energia é essencial para nossa sobrevivência, e que essa demanda cresce a cada dia. A dúvida que surge é: Será que estamos preparados para suprir essa necessidade?
Durante muito tempo, a geração de energia ficou concentrada nas fontes não renováveis, principalmente na queima de combustíveis fósseis. Porém, a escassez desses recursos e seu alto custo, aliadas às questões ambientais tais como, emissão de CO2, que contribui para o aquecimento global, vem fazendo com que seja necessária uma readequação da nossa matriz energética.
Antes de tudo, precisamos compreender o conceito de matriz energética que, por definição é: o conjunto das fontes de geração de energia ofertadas ao sistema elétrico. No Brasil, a matriz energética é composta, simultaneamente, por fontes não renováveis (petróleo e derivados) e renováveis (hidráulica, biomassa, eólica, entre outras).
MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA
A matriz energética brasileira é composta principalmente nas fontes hídricas. As hidrelétricas no Brasil representam, aproximadamente, 60% da geração, em todo território nacional. Além dela, contamos também com outras fontes complementares: termoelétrica (15%), eólica (8,6%), solar (1,2%) e nuclear (1,2%). ANEEL/ABSOLAR, 2019
Diferentemente do atual cenário mundial, podemos afirmar que a nossa matriz elétrica possui como base as fontes renováveis de geração de energia. Porém, ainda há muito o que explorar – principalmente no que se refere no melhor aproveitamento e na complementaridade das principais fontes energéticas disponíveis em nosso território: hidráulica, eólica e solar.
A COMPLEMENTARIDADE DAS ENERGIAS HIDRÁULICA, EÓLICA E SOLAR
Como já visto, a geração hidrelétrica é a principal fonte da matriz elétrica brasileira. Esse sistema de geração necessita de grande quantidade de água, em muitos casos – armazenada em imensos reservatórios. Consequentemente, a geração de energia é diretamente influenciada pela disponibilidade desse recurso, sendo prejudicada durante os períodos de seca.
No nordeste brasileiro, esse sistema de geração já demonstra escassez, devido aos severos períodos de seca e ao aumento do consumo. Uma solução é a complementaridade das fontes de energia: eólica e solar. Durante os períodos de seca, esta região é atingida por fortes ventos, que favorecem a geração de energia através das usinas eólicas.
O mesmo acontece na região sul do Brasil – durante o período de estiagem, é possível aproveitar a força dos ventos para gerar energia. Com isso, é possível tirar de operação algumas usinas térmicas, fazendo com que a matriz tenha um percentual maior de fontes renováveis.
A relação com a geração de energia solar é basicamente a mesma. Durante os períodos de estiagem (quando predominam os dias ensolarados), a geração fotovoltaica pode ser usada como fonte complementar, poupando as usinas geradoras mais caras, reduzindo o preço da energia elétrica e impactando, positivamente, na conta de luz.
O que fica claro, é que quando falamos de energia sustentável, o Brasil possui muito potencial energético. Porém, também percebemos que, para um melhor aproveitamento dos recursos disponíveis, é necessário um planejamento que englobe e integre essas fontes, de forma que o sistema elétrico brasileiro seja otimizado.