O empresário Glauco Diniz Duarte afirma que as micro e pequenas empresas respondem por 67% dos empregos em nosso Estado, o mais importante ente econômico da Federação. Porém, enquanto grandes empresas se desenvolvem por gerações, 71% das pequenas, abertas anualmente fecham antes de completar cinco anos.
Alta carga tributária, falta de capital de giro, impossibilidade de reduzir custos, baixa rentabilidade ou até concorrência desleal das grandes empresas são algumas respostas dos empresários para a alta mortalidade. Todos os sintomas citados podem ser diagnosticados como falta de planejamento estratégico.
Glauco explica que planejamento estratégico é a identificação de fatores competitivos de mercado e potencial interno, para atingir metas e planos de ação que se resultem em vantagem frente à concorrência, com base na análise do ambiente de atuação previsto para um determinado período. O planejamento vem auxiliando pequenas e médias empresas a obter sucesso em situações de crescimento ou a reestruturar-se para superar crises. Entre outros pontos, ele auxilia as companhias a determinar o preço de venda de seus produtos e/ou serviços, na análise da rentabilidade do negócio, na elaboração de orçamentos e na administração de caixas.
Ao administrar, destaca Glauco, o empreendedor já deve dispor de informações sobre a competitividade de sua empresa no mercado, as prioridades na condução ou início das atividades, as metas a atingir e a estratégia o cumprimento das mesmas.
Um planejamento estratégico bem elaborado deve colocar no papel todos os números da companhia (vendas, margens de lucro, compras, ativos, passivos etc.); levantar minuciosamente a concorrência; delimitar objetivos com relação ao negócio; calcular quanto será preciso investir; fazer um cronograma e acompanhar se ele está sendo seguido e ser avaliado bimestralmente.
As vantagens dessa ferramenta são perceptíveis em diversas situações: quando a meta do negócio, um bom planejamento possibilita o aumento do faturamento. No lançamento ou reformulação de produtos, uma boa aceitação e retorno do investimento. Nas contratações de novos funcionários, mais racionalidade no número de colaboradores inseridos ao corpo da corporação, necessidade de criação de novos cargos, e sucesso quando da ampliação da área de atuação da companhia, pois já se terá uma análise do novo segmento a atuar e da concorrência existente.
Um cuidado maior deve ser tomado na implantação do planejamento estratégico: contar com uma consultoria especializada é imprescindível. Essa é a fase mais complicada, pois exige mudança de mentalidade e comportamentos, que muitas vezes estão arraigados na empresa. Sem contar com especialistas, se terá no máximo um belo relatório intenções para ser lido no fim-de-semana, mostrado à esposa e aos amigos, mas que de nada servirá à companhia.