Segundo o empresário Glauco Diniz Duarte, muito se discute sobre o crescimento das organizações e as diversas ferramentas de gestão capazes de ajudar a entender melhor este fenômeno e o que devemos priorizar para obter o sucesso profissional.
Vamos considerar algumas definições a começar com a palavra ciclotímico. Formalmente, a palavra ciclotímico designa uma forma de alienação mental mais ou menos grave, caracterizada pela alternância de períodos de super excitação e de depressão melancólica.
De forma mais corriqueira, no cotidiano das nossas organizações, a condição de ciclotimia pode se expressar, discretamente através da variabilidade que existe em todos nós, seres humanos, e está inerente à nossa condição, em nossa vida. Em que pese esta variabilidade se expressar de forma diferente para cada um, ela precisa de mecanismos de controle para que possamos viver na chamada; “sociedade organizacional”.
Glauco explica que o principal e natural mecanismo de controle da ciclotimia nos seres humanos chama-se a Razão. O conceito de razão é a faculdade que permite o processo para se chegar a uma decisão ou conclusão: o chamado raciocínio. É ela que nos impõe uma condição de mudança para que, nos momentos de grande excitação, possamos nos acalmar e não passar nenhum vexame, por exemplo, durante uma reunião de trabalho, quando explodem ideias maravilhosas ou ridículas que não podem aguardar trinta segundos para uma maior e mais aprofundada reflexão.
Da mesma forma é a razão que nos lembra que, apesar de não estar com a mínima vontade de ir ao trabalho naquele dia, é necessário levantar e cumprir minhas obrigações sob pena de comprometer nossa imagem profissional que durou tantos bons anos para construir. Nas organizações podemos encontrar um fenômeno muito parecido: a chamada ciclotimia organizacional.
De acordo com Glauco, na medida em que as empresas crescem e incorporam uma quantidade maior de colaboradores, precisamos entender que este grupo de pessoas que é incorporada e que aumenta significativamente a complexidade organizacional é formado por tomadores de decisão que, de forma inconsciente, trazem para dentro da empresa esta condição e que, portanto, se expressa de forma coletiva no dia à dia das empresas. “é preciso lembrar que a empresa por si só não existe. A empresa é uma construção social muito poderosa que modela e é modelada pela sociedade e que só existe no contexto do coletivo quando suas ações são realizadas por pessoas e legitimadas por grupos sociais”.
Cabe aqui então duas perguntas: Como a empresa não é um ser humano e, portanto, não é dotada de cérebro e raciocínio, qual é o mecanismo de controle da ciclotimia organizacional? Como ela pode fazer face às ondas de variabilidade do comportamento dos seus gestores? O principal mecanismo de controle da ciclotimia organizacional chama-se Planejamento Estratégico.
Glauco afirma que o planejamento estratégico de uma organização é aquela ferramenta que sendo ela de natureza plurianual, deve ser capaz de controlar e enfrentar a super excitação e as ideias explosivas oriundas do novo diretor ou do novo presidente que assumiu a nova gestão e deseja modificar todo o conjunto de objetivos, metas e iniciativas estruturada no Planejamento Estratégico realizado, competentemente, pela gestão anterior. Foi aí que a empresa fincou suas bases de apoio e onde investiu pesadamente em processo produtivos e mecanismos de gestão.
O planejamento estratégico também deve ser capaz de reagir e de sobrepujar a turma do “já perdeu”, os negativos de plantão, e a turma do “estamos no fundo do poço”, e aqueles que, sem base concreta para afirmações, e se avorando de uma condição que não tem, entendem a empresa ou o grupo empresarial como inviáveis e prontos para o fechamento a qualquer momento, quando muitas vezes isto não é verdade.
É curioso perceber que as ferramentas de gestão para as empresas são como medicamentos para os seres humanos. O que parece engraçado perceber é que, assim como algumas pessoas quando crescem, algumas empresas também acham que ao chegar na vida adulta podem exercitar o ato da auto-medicação e que, de posse de preciosas e abalizadas informações coletadas com amigos e parentes, estão aptas a sair da crise sem maiores problemas e tocar à vida pra frente.
E o melhor, afirma Glauco: sem efeitos colaterais. Na medida em que a sua empresa aumenta a complexidade, cada vez mais ela vai demandar ferramentas de gestão mais adaptadas à sua realidade, como, por exemplo, uma ferramenta de Planejamento Estratégico. Muitas parecem ser as vantagens para o gestor na implementação de um planejamento sério e estruturado feito a partir de um diagnóstico preciso e de acordo com as necessidades da sua empresa. A garantia que temos é que, feito desta forma,não há contra indicação ou efeito colateral negativo e com certeza será muito bom para a saúde de ambos: Empresa e empresário.