GLAUCO DINIZ DUARTE  Novos imóveis de São José do Rio Preto apostam em sustentabilidade para reduzir gastos com água e energia elétrica

O cuidado para com o meio ambiente tem se tornando uma realidade também na construção civil. Um dos grandes exemplos vem de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, que traz uma variedade de construções sustentáveis no desenvolvimento imobiliário da região. O município já apresenta um modelo de “casa verde” certificada pelo Green Building Brasil (GBC).

Muitos projetos na cidade contam com sistemas de geração distribuída por meio de geradores fotovoltaicos, no intuito de preservar os recursos naturais e, ao mesmo tempo, colaborar com a redução significativa nos gatos com eletricidade.

Além da energia solar, o programa de construção civil de São José do Rio Preto agrega também a escolha da área, o local de inserção, a relação com a vizinhança, o impacto causado, a tecnologia construtiva utilizada, a concepção, os processos de execução, cuidados no canteiro de obra e modelos de compliance, entre outros, conforme declarou à imprensa o arquiteto Daniel Ribeiro, responsável por essa iniciativa na cidade.

Outro destaque é a escolha dos materiais utilizados. “Saber a origem do material é de extrema importância, como, por exemplo, se a madeira é de reflorestamento e possui o Documento de Origem Florestal (DOF). Um material de baixo impacto ambiental é também aquele que obedece a todas as normas vigentes em seu processo produtivo, que com certeza abrange questões e diretrizes ambientais”, comentou Ribeiro.

A redução do consumo de água também foi um ponto essencial para a obra. Foram adotados métodos internos e externos para diminuir esse gasto. “Existe hoje um leque de materiais que garantem uma economia significativa de água, sem abrir mão da eficiência e qualidade de uso”, detalha.

Na área externa da casa, o controle do gasto de água funciona por meio da vegetação utilizada no paisagismo, uma vez que foram escolhidas espécies originárias do clima da região de São José do Rio Preto ou que foram adaptadas a ele. “Há uma grande economia na rega daquelas plantas, uma vez que a espécie é adequada ao volume pluviométrico da região”, explica o executivo.

Vale lembrar que este tipo de imóvel ainda é uma novidade para o mercado imobiliário brasileiro, principalmente na região noroeste do estado paulista. Mas, apesar de ainda ser desconhecido por muitos, para o corretor de imóveis Guilherme Neilly, as construções sustentáveis são uma tendência necessária. “Acredito que a aceitação virá ao longo dos anos. Hoje, mesmo dentro das construções ‘tradicionais’ já encontramos imóveis com características sustentáveis”, diz.