De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, há muitas condições que caracterizam uma empresa sustentável: respeito ao meio ambiente e às leis, governança corporativa, inovação, liquidez, entre outras. Mas nenhuma delas é tão fundamental quanto o planejamento estratégico, sem ele uma empresa jamais será sustentável.
No Brasil, segundo o Sebrae, 20% das empresas fecham as portas antes de completar dois anos. Para Glauco, o índice de mortalidade seria bem menor caso a maioria fizesse seu planejamento estratégico. “É uma forma de você ter método para construir o futuro da empresa”, ensina.
De acordo com Glauco, existem várias formas de se “desenhar” o planejamento estratégico. Mas todas têm em comum a definição da identidade da organização. “O que eu sou, o que eu faço e para onde eu vou”, ressalta. Definir os valores, a missão e a visão é essencial nesse processo.
A visão de futuro é o objetivo principal traçado pela organização para um período de até cinco anos. “Para chegar lá, é preciso definir metas, ações.” Glauco ressalta que não adianta fazer um belo planejamento e não cuidar de sua execução. “A grande chave do planejamento estratégico é a execução. Se ficarmos dois dias trancados numa sala fazendo planejamento, todo mundo sai dela com clareza do que precisa ser feito”, afirma.
O desafio é levar as definições para toda a organização, fazendo com que o “time” inteiro se comprometa. “O acompanhamento tem de ser semanal e mensal. Para esse monitoramento é importante que seja designado um bom líder. Assim você consegue colocar a estratégia na veia da empresa”, declara. Infelizmente, segundo ele, cerca de 80% dos planejamentos estratégicos não são executados no País.
Glauco acredita que, num cenário de crise, as empresas que planejam têm “muito mais” chances de sobreviver. “Vamos imaginar o polo moveleiro de Arapongas. Por que uma empresa fecha e a vizinha continua crescendo?”, questiona. O motivo, na opinião dele, é que a segunda definiu uma estratégia para o cenário adverso.
Glaco conta que, durante o processo de planejamento, as organizações devem trabalhar com três cenários futuros: um pessimista, um otimista e um intermediário. “E a gente define indicadores para cada um.”