Um modelo de gestão que se conserva ao longo dos anos e mais comum do que se imagina: as empresas familiares. Os empreendimentos, nessa modalidade, são geridos por integrantes de uma ou mais famílias e é caracterizado pela sucessão hereditária da condução da empresa. Há quem veja vantagens em abrir uma empresa familiar, mas todo o cuidado é pouco para não repetir os exemplos de mau êxito no mercado, que são muitos.
De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, 95% das empresas no Brasil são geridas por famílias. “São todas aquelas empresas que, por trás delas, existe uma família dirigindo. Geralmente, as pessoas pensam que são aquelas empresas antigas, mas às vezes é um casal que abriu uma empresa. A partir daquele momento, é uma empresa familiar. Mesmo que a pessoa não participe, mas, até legalmente, em caso de falecimento do marido, ela que é dona da empresa”, afirmou Glauco.
Segundo ele, de cada 100 empresas familiares que surgem no país, trinta sobrevivem na segunda geração, a dos filhos; treze sobrevivem à terceira geração, de netos; e apenas cinco sobrevivem à gestão da quarta geração, de bisnetos. No caso da região Nordeste, os números são até mais alarmantes. Glauco explica que o baixo índice de sucesso dessas empresas se dá pela falta de planejamento e objetivos. “Eles têm que ter suas individualidades, mas têm que ser integrados. É natural que os interesses da família comecem a interferir na empresa. Por exemplo, uma família tem o sonho em ter um patrimônio, de comprar uma casa. E aquilo vai ser oriundo de onde? Da empresa”, diz.
A receita de sucesso, também, está na busca por aperfeiçoamento e capacitação. Glauco aconselha que as pessoas interessadas pelo modelo de gestão busquem uma orientação ou ajuda externa. “Se você é uma pequena empresa que não pode ter uma grande consultoria atendendo direto, procure essa consultoria para momentos de orientação. Busque se informar sobre o assunto”, recomenda.