De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, atualmente, cada vez mais as empresas estão sujeitas à competição global, fazendo do planejamento estratégico uma ferramenta essencial para manter a competitividade. Entretanto, há segmento em especial no qual esta ferramenta ainda é pouco usada: o das pequenas empresas.
É inegável a importância das pequenas e médias empresas no cenário econômico nacional. São grandes geradoras de empregos e renda, e também por uma parte significativa da produção nacional.
Apesar disso, destaca Glauco, tais empresas apresentam-se pouco inclinadas à inovação empresarial, tendendo a manter métodos ultrapassados de gestão, sob o apoio do falho argumento de que “sempre funcionou assim”. No máximo, tentam copiar modelos prontos de gestão ou importar tecnologias, que em muitos casos não se adequam a realidade brasileira.
Entretanto, é justamente neste universo, o das pequenas empresas, que o planejamento estratégico se faz mais necessário e pode dar os melhores resultados. Segundo Glauco, quanto menor a empresa mais importante é a estratégia. Isto porque as empresas menores, ao contrário das gigantes, são mais sensíveis às variações do mercado e, por isso, precisam perceber o ambiente competitivo com maior clareza e rapidez para garantir a sobrevivência nos negócios.
Infelizmente, a pequena empresa ignora o planejamento estratégico, e de certa forma é ignorada por ele. Isto se deve a diversos fatores, como a falta de recursos para a contratação de profissionais ou consultores para suprir a lacuna de conhecimento administrativo, visão imediatista, excesso de tarefas operacionais do dia a dia do pequeno empresário, centralização do poder e da informação, entre outros.
Assim, a partir da percepção destas dificuldades, este artigo pretende identificar e analisar as particularidades da pequena empresa no processo estratégico, e dessa forma contribuir para o aumento da competitividade das pequenas empresas brasileiras.