Como toda boa empresa, a sua realizou todas as etapas previstas em um planejamento estratégico, desde a pesquisa de mercado, definição de visão, missão, valores e objetivos até a complexa análise FOFA (Pontos Fortes, Oportunidades, Pontos Fracos e Ameaças, também conhecida como análise SWOT). Tudo foi bem elaborado seguindo à risca as referências bibliográficas e experiências de empresas bem sucedidas. Porém, aparentemente todas as mudanças previstas permanecem intactas no papel. O que fazer?
De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, a importância do planejamento estratégico é evidente. Muitas empresas de médio e grande porte conseguiram adotá-lo de forma eficiente para organizar processos, estabelecer e controlar metas e até mesmo utilizá-lo como base para tomadas de decisão.
Entretanto, ainda há um grande número de empresas que encontram dificuldades em implantar na prática tudo aquilo que foi planejado. Isso acontece, em especial, porque muitas empresas não se preparam culturalmente para a prática do planejamento estratégico. É importante introduzir na cultura da empresa a necessidade de planejar em todos os níveis hierárquicos, desde a diretoria até os cargos mais baixos, para que todos entendam qual é o seu papel e como devem contribuir para o sucesso de seu desenvolvimento.
Para tanto, destaca Glauco, a empresa precisa integrar as equipes. Ações como workshops e reuniões periódicas, por exemplo, são excelentes para auxiliar na propagação dos objetivos do planejamento, desde que apresentem um discurso coerente que ajude a disseminar as principais informações. Quando essa integração não acontece é provável que cada área passe a tratar o planejamento estratégico como bem entender, sem compreender a importância de sua execução.
Glauco explica que também é importante ter um planejamento estratégico claro e um objetivo que consigam transparecer o pensamento da empresa e que estejam acessíveis a todos os funcionários (se possível, é interessante que todos tenham uma cópia). Muitas vezes, o planejamento é elaborado como um simples plano de metas e não se identifica com os aspectos da corporação, o que o torna um obstáculo e não uma ferramenta que auxilia.
Outro ponto fundamental para o sucesso de sua implantação é o comprometimento. Cada integrante das equipes precisam absorver as informações do documento e fazer o melhor para que ele tenha sucesso. Nesse caso, os líderes precisam garantir que o planejamento estratégico esteja presente no dia a dia da empresa e cobrar sua execução.
Todavia, é preciso tomar muito cuidado para que as estratégias não fiquem engessadas e inaptas às mudanças do mercado. Deve-se seguir o que foi planejado acompanhando o que acontece no macro-ambiente e realizando ajustes sempre que necessário.