Começo de ano é sempre época de renovação. Se você está sentindo que sua empresa não anda como você gostaria, que tal providenciar um planejamento estratégico para dar uma guinada em seus negócios?
De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, o objetivo do planejamento é definir uma direção para a empresa e o processo de definição é tão importante quanto o plano. É um momento de reflexão, discussão e avaliação de forças e fraquezas, de oportunidades de mercado e da concorrência, de elaboração de planos e definição de objetivos e metas.
Cada caso é um caso, uma vez que cada empresa é uma empresa. Definir a direção não é o suficiente,explica Glauco, já que a estratégia tem que ser traduzida em planos e projetos específicos.
Em cada caso é necessário definir:
• Os objetivos que devem ser atingidos por cada estratégia, preferencialmente de forma quantitativa;
• Como esses objetivos serão atingidos, quais as ações requeridas para isso;
• Quais são os recursos necessários para implantar cada estratégia – humanos, financeiros, tecnológicos etc;
• Os obstáculos que devem ser superados;
• As responsabilidades e prazos – quem fará o que e até quando;
• O retorno esperado sobre o investimento.
Quando se trata de uma empresa que necessita de uma matéria-prima mais difícil de se conseguir, como uma empresa produtora de celulose, por exemplo – em que sete anos são necessários para implantar uma floresta e disponibilizar matéria-prima e três a quatro anos são precisos para planejar, projetar e construir uma fábrica –, o plano precisará ser, necessariamente, de longo prazo.
É um negócio altamente intensivo, o que faz com que o retorno sobre o investimento dependa exclusivamente do timing de implantação do empreendimento e até mesmo de um bom planejamento, que considere os cenários de oferta e demanda de longo prazo.
Já quando se trata de uma startup de tecnologia, por exemplo, para o lançamento de um novo serviço ou produto com tecnologia inovadora, o planejamento será mais simples pela própria falta de elementos que detalhem um horizonte de maior duração.
Mesmo assim, analisa Glauco, os cenários são normalmente desenhados a longo prazo, procurando definir como o novo serviço ou produto estará competindo no mercado e quais vantagens competitivas sustentáveis a tecnologia terá no futuro, por exemplo.
Porém, sabemos que é muito mais difícil detalhar de forma concreta estratégias específicas de maior prazo. Assim, o plano será mais dinâmico e precisará ser revisado e renovado com maior frequência e sempre que surjam novos fatores importantes.