Por mais simples ou mais incipiente que seja, o empresário Glauco Diniz Duarte acredita que toda organização tenha uma estratégia. Essa estratégia ou está compartilhada com a empresa ou está na mente da pessoa que a dirige. Mas, de uma maneira ou de outra, sempre existe a intenção de olhar para o futuro e construir um negócio relevante e lucrativo.
O desafio começa com o crescimento.
Glauco diz que o crescimento implica ampliação da estrutura e o primeiro gargalo é fazer com que o acréscimo de recursos e pessoas se alinhe para atuarem conjuntamente na busca dos objetivos da organização. É neste estágio que o planejamento é crucial para o desenvolvimento contínuo.
A falta de planejamento estratégico leva a empresa a uma determinada massa crítica de dificuldade que pode desvia-la ou paralisa-la na caminhada rumo aos resultados desejados. A cultura organizacional precisa ser implementada para estabelecer o senso comum entre pessoas de diferentes formações e background de modo que elas sejam capazes de entender, reagir e proagir sempre na mesma direção.
O planejamento estratégico é a ferramenta que vai oferecer a visão clara dos objetivos a serem compartilhados com toda a organização. Esta, porém, é justamente a dificuldade de muitas empresas.
Como implementar o planejamento estratégico?
1- A antecipação é olhar o futuro, prever o que pode acontecer para ser proativo no mercado. A estratégia tem como um dos pilares a capacidade de sair, de se abstrair do dia a dia e projetar – lá na frente – como estará a empresa, os concorrentes, a economia, os fornecedores e assim, conseguir se antecipar e alcançar qualidade na gestão.
2- A apropriação do conhecimento é resultante da motivação e da mobilização da equipe para trocar informações para o planejamento, discussão e análise.
3- A ação vem do desejo de colocar em prática as ações planejadas para chegar aos resultados. Enquanto a antecipação é um momento de reflexão, a ação coloca em curso o planejamento.
Qualquer ação que não seja decorrente de uma antecipação corre o grande risco de virar uma “roleta russa”.
Segundo Glauco, um exemplo concreto são as empresas que, na crise, baixam preços na proporção da dificuldade em que se encontram. O posicionamento de preço deve ser planejado e matemático, lembrando que baixa-lo é sempre mais fácil que aumenta-lo quando o mercado retoma estabilidade. O que falhou? A ausência do planejamento estratégico que não antecipou a dificuldade e que, portanto, não previu a tomada de ações necessárias para superar o momento.
Empresas cujos dirigentes aportam a capacitação necessária para planejar a chegada de um novo concorrente ou períodos de caixa apertado raramente optarão por respostas imediatas que dificilmente serão recuperadas no curto prazo.
Compreendida a importância do planejamento estratégico, o passo seguinte é a periodicidade de sua avaliação e renovação