GLAUCO DINIZ DUARTE – A seleção do óleo lubrificante em motores a gás estacionário
Muitas vezes, a seleção do óleo de motor é realizada de forma incorreta. Por isso, é muito importante ter em conta as recomendações do fabricante do óleo e fazer uma boa leitura delas em função da natureza do gás e da sua composição.
Em caso de utilizar gás de aterro ou biogás como combustível, a seleção é complexa, pois a sua composição pode variar significativamente, inclusive quando este se produz na mesma localização. Para isso, é importante realizar análises periódicas da sua composição, pois permite antecipar-se às alterações de comportamento do lubrificante em serviço.
No entanto, com outro tipo de gases, como o gás natural, a seleção é um pouco menos complexa, pois a sua composição está perfeitamente definida pelas especificações estabelecidas pelos organismos oficiais.
A contínua evolução dos próprios motores a gás traz consigo novas e mais duras exigências para o óleo lubrificante, que nem sempre se podem resolver com um óleo lubrificante tradicional baseado em óleo mineral.
Há algumas décadas, os fabricantes de óleos lubrificantes iniciaram o processo de incorporar na composição óleos de base sintética ou procedentes de processos de refinação melhorados.
Paralelamente, os diferentes aditivos que fazem parte da composição dos lubrificantes sofreram também uma evolução positiva em termos de pesquisa de melhorias nas propriedades naturais dos óleos de base.
Um perfeito equilíbrio e sinergia entre o óleo de base e o pacote de aditivos é fundamental para o bom funcionamento dos motores.
Uma seleção não adequada do óleo lubrificante não causa necessariamente danos imediatos no motor. Na maioria dos casos, as consequências manifestam-se após várias milhares de horas de funcionamento e implicam a redução da vida útil de componentes-chave do motor, afetando tanto o rendimento como a fiabilidade do motor.