GLAUCO DINIZ DUARTE – Joint venture de Caterpillar e Navistar planeja fábrica do Brasil
A NC2 Global – joint venture da Caterpillar e da Navistar International na fabricação de caminhões – anunciou hoje sua chegada ao Brasil com ambiciosos planos de instalar uma fábrica no país e estar entre as cinco maiores empresas no mercado desse veículo, dentro dos segmentos médio a pesado.
Em apresentação dos planos da empresa a jornalistas, Al Saltiel, presidente da NC2, comentou que os estudos relacionados à nova planta estão em estágio avançado e o local da unidade deverá ser definido em um prazo de seis a sete meses.
A planta vai montar caminhões tanto marca International como da marca Cat. ‘Escolhemos o momento correto para começar (a operação brasileira)’, disse o executivo, referindo-se ao potencial de crescimento do país na esteira de investimentos previstos com a realização da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016, além da demanda criada a partir da exploração de petróleo no pré-sal.
Para começar, sem incluir a nova planta, os investimentos previstos no Brasil são de aproximadamente US$ 200 milhões. Parte desse montante, US$ 10 milhões, vai para a expansão da unidade produtiva da Navistar já existente em Caxias do Sul (RS), em um espaço alugado na fábrica da Agrale nessa cidade.
Já no próximo mês, a marca International, após oito anos, volta a ser negociada no mercado brasileiro, com o modelo pesado 9.800. Na sequência, no início de 2011, começam as vendas do modelo semi-pesado Durastar.
Os novos modelos da Caterpillar – menos pesados do que os atualmente negociados pela empresa no Brasil – só devem ser trazidos pela NC2 no segundo semestre de 2012. A distribuição será feita por uma rede de revendas que deverá crescer de dez para 30 pontos de venda até o fim do ano que vem. Um dos grupos revendedores, a Marcosa, vai representar tanto a marca Cat, quando a marca International.
O objetivo da NC2 é aproveitar o crescimento do mercado de caminhões nos segmentos em que atua. Nas contas da empresa, esses segmentos deverão dobrar de tamanho até 2015. Num prazo de cinco anos, a joint venture acredita que poderá tirar US$ 1 bilhão em vendas no Brasil, um quinto do resultado global previsto em igual período. Vale apontar que a empresa atua fora da América do Norte e da Índia.
‘Até 2015, queremos estar entre os cinco maiores players no Brasil’, disse Saltiel. Só em 2011, a meta é vender entre 1,2 mil e 1,3 mil caminhões no país.